sábado, 29 de dezembro de 2012

Tsunami

O mar hoje estava brabo, o dia estava feio.
Pensei em você o dia todo.

Mesmo longe da areia, cada onda que se formava parecia tentar me engolir.
Não tenho mais aquela sensação de proteção todo o tempo.

Meu porto seguro desabou

Se te faz feliz, por que não?

Quando éramos crianças, queríamos crescer o mais rápido possível pra poder fazer coisas que na época não podíamos...
Mas nunca nos demos conta que as melhores coisas que fizemos foram na infância.

Ontem fui pro mercado de tênis patins, aquele tênis que em cada sola tem uma rodinha. Comprei quando tinha 12 anos, na Disney. Ainda cabe em mim e saí assim mesmo, e daí?
Não me senti uma criança, me senti feliz. Fui levando o carrinho de compras, patinando entre os corredores com a maior facilidade e me divertindo demais.

Não existe nenhuma lei que proíba adolescentes e adultos de calçarem esses tênis, mas por que eles não o fazem? Vergonha? Bom, só sei que a partir de agora, esse será meu tênis oficial de ir pro mercado. Apenas ignorei os olhares das outras pessoas no mercado e tentei imaginar que elas não estavam me julgando mentalmente.

Eu tripliquei minha velocidade de compras e minha diversão.
Acho que todos nós deveríamos fazer isso. Não necessariamente ir de tênis-patins pro mercado, mas ignorar o que os outros estão pensando sobre você. Se te faz feliz, por que não?

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Meu bloquinho

De anotações está explodindo, lotado de pequenos textos e crônicas sobre coisas que olho e imediatamente penso, mas nada bom o suficiente.

Não que tenha que ser bom, ninguém lê mesmo.

Mas sei lá.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Velocidade da luz

Nunca faça seu coque ao lado de uma privada aberta, porque seus grampos com certeza cairão. Principalmente se você for estabanada e apoiar-se em um pé sobre o pano de chão do banheiro. Coque arruinado e rosto fedendo a cocô.
Brincadeirinha

Estava no banheiro, lugar que gosto de chamar de "cômodo inconvenientemente criativo" quando várias ideias começaram a fervilhar em minha cabeca. Aquela quantidade aleatória de pensamentos totalmete desconexos que vão aparecendo em velocidade muito maior da que voce consegue escrever. Deve ser de propósito, para ficarmos nos remoendo horas, tentando lembrar de uma fração que seja, para escrever algo parecido e mesmo assim, infinitamente inferior. E mesmo você estando atrasada, eles te obrigam a permanecer sentada, e vão ditando as palavras de frases que surgem sem mesmo você pensar nelas direito.

Quando o efeito criativo do cômodo já está perdendo forcas, uma vez que voce esta sentada na sua cama digitando freneticamente no bloco de notas do celular, volto ao banheiro. E lá vão eles de novo, fazendo você continuar de pijama, metade do rosto maquiado e perder seu onibus.
Aposto que essas ideias não me abandonarão até que seja tarde demais para estudar para as duas provas de amanhã.
Tento pensar em outra coisa. Em vão, e então você percebe que está escrevendo sobre o processo criativo que nunca conseguia entender, controlar e quanto menos descrever.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Captura

Estava saindo da minha escola de ballet no centro da cidade com duas amigas, e ao abrir o portão uma delas diz: vamos tomar cuidado que estão assaltando direto aqui perto.

Mal colocamos o pé na rua e um homem já nos olhava com uma cara estranha, da qual não gostamos nem um pouco. Íamos andando para o sinal apressadamente, quando ele fecha, e lá estava o cara andando bem atrás da gente. Resolvemos entrar na banca mais próxima para esperar e com sorte, encontramos a mãe de uma menina, que pareceu espantar o suposto bandido.
Saímos por trás e com passos largos e medrosos, e o perigo foi ficando longe.
"Qualquer coisa, qualquer homem pode ser nosso pai aqui." eu disse.
Fomos andando mais relaxadas, me despedi e nos separamos nas lojas americanas. Sempre olhando para trás, fui andando com pressa e ainda um pouco assustada, tentando sumir debaixo dos guarda-chuvas do dia chuvoso, ou pelo menos não ser notada.

Já estava em outro sinal, na Rio Branco, consideravelmente longe da escola, porém ainda atenta e desconfiada, esperando que ele abrisse. De repente, sinto minha bolsa sendo puxada do meu ombro e com o coração a mil, instantaneamente olho para o lado, preparada para o pior.
A bolsa só caiu até meu cotovelo, uma mulher havia esbarrado com uma sacola pesada na minha e não se preocupou em pedir desculpas.
Após o segundo susto, atravessei a rua e segui rumo ao ponto de ônibus.

Ainda não havia conseguido avançar muito quando fui abordada novamente. Mas dessa vez, fui capturada pelo cheiro envolvente da carrocinha do pipoqueiro do qual comprava pelo menos uma vez na semana.
Já era de se esperar receber uma pipoca e um sorriso de quem gosta do que faz, mas aquele foi diferente: era quente, acolhedor e transmitia uma segurança sem precedentes, o que eu mais estava precisando naquele momento. Agradeci sorrindo e fui embora com minha pipoca embrulhada para viagem, "para não molhar", como ele mesmo havia dito.

Seguia rápido, mas não mais com medo, apenas não queria perder meu ônibus. Ia feliz e satisfeita, com a certeza de que no mundo, existem pessoas más, mas também existem muitas pessoas boas.
Agora estou sentada no onibus, comendo minha pipoca, tentando contar da melhor forma possível o ocorrido e tenho o sorriso que me capturou nesta quinta feira chuvosa de setembro.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

No silêncio da noite, qualquer ruido é estrondo.

Tudo que te incomoda durante o dia, te incomodará muito mais durante a noite.

Ela traz uma solidão que só, mas atordoa com milhões de pensamentos. E, de repente, você tem companhia. São as lágrimas que chegaram. A companhia não é agradável, mas não te abandona até que a exaustão chegue, apagando a luz e recolhendo os pratos, coloca ordem na casa e acaba com a "festa".

Infelizmente, esqueci.

Escrevo, falo, tudo em vão.
Não aprendi ainda a controlar emoções, apenas como não deixar com que elas tomem conta de mim. Não aprendi ainda a hora que quero ter certos sentimentos, só aprendi a criar barreiras que as pessoas não conseguem ver através e nem derrubar, pelo menos por um tempo.

Mas aí o sorriso falha e vai tudo para o fundo do poço.
Não queria ter aprendido a me proteger com sorrisos e esquecido como me manifestar através deles.
Esqueci que o sorriso constante não deve ser constante só por causa da dor. A felicidade falsa dói, de verdade.
Todos precisam fugir de vez em quando. Nem sempre vão longe. Quer dizer, não espacialmente.

Graças a Deus temos uma coisinha chamada imaginação

Sorria!

Sorria! Você está sendo observado!

Tudo o que fazemos, não importa o que, se estamos sendo observados, fazemos de maneira forçada ou brusca.

Por quê será? Será medo do julgamento? Medo de não agradar? Medo de justo naquela hora, as coisas não saírem como sempre saem?

Tenho que parar de pensar assim um pouco, devem achar que eu sou doida. Droga.

domingo, 27 de maio de 2012

Loucura

Louco é que é considerado diferente do padrão, louco é aquele que está fora da razão, mas será mesmo? Não. Eu acho, pelo menos que não. Louco é aquele que se importa em ser igual à todos os outros, se incomoda em ser diferente ou em ser você, louco é aquele que não quer saber se daqui à um dia ou dois estará vivo, mas sim bonito na festa da amiga do conhecido da namorada do primo do vizinho do irmão da amiga da filha da amiga da sua mãe. O louco não quer saber quem realmente ama-no, mas sim quantas pessoas o acham legal ou chamam no bate-papo.

Depois de tudo isso, como conseguimos chamar uma pessoa de louca, ou descrevê-lo? O melhor seria definir o normal.

Mas, o que é normal?? Não sei direito, e mais: Acho que eu estou enlouquecendo.

Smile

Eu, você, todos sorrimos.

Sorrimos de alegria, outras vezes de vergonha, sorrimos pra não chorar, sorrimos por estar feliz. Pode existir um motivo por trás dele, pode ser que seja falso, mas todos eles, são sorrisos.

Algumas vezes, o sorriso é usado como máscara. Ora funciona, ora não. De qualquer forma, é a pior das máscaras, pois pode esconder o pior tipo de sentimento. Nesse caso, é uma arma, específica para cometer suicídios.

Por isso, não se esconda, sorria.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Contagem.... Regressiva?

Deve haver algum motivo pelo qual não se pode contar lágrimas. E talvez, seja exatamente o mesmo que não se podem contar passos, palavras, quem sabe, até estrelas:
Sempre há uma nova surgindo, outra sendo esquecida, desaparecendo.
O que passou, passou.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

E então me deu uma saudade de escrever...

E então me perguntaram: Por quê você não posta mais no blog? 
A primeira coisa que veio à minha cabeça foi: Ficou pessoal demais. Mas será?


Era justamente por isso que escrevia. Quando apenas lágrimas e sentimentos guardados não davam conta do recado. E então me deu uma saudade de escrever....


Não sei. De repente, me senti vazia, agoniada, burra.
Tal coisa não consigo entender: Quando escrevo, fico bem, mas de um jeito ruim. Quando não escrevo,fico mal, mas de um jeito bom.


Mas aí já estava aqui, novamente, escrevendo. Presa no meu próprio labirinto. É melhor eu me acostumar a viver aqui.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Futureday

Future holds a lot of things,
But a lot of things can change your future
Today’s too short for thinking about tomorrow and tomorrow is too much time of waiting
Live today
Live tomorrow when it became today

Reflexos em Fade-out

Viver em uma casa de espelhos não é muito vantajoso quando todas as pessoas estão usando a mesma máscara. Não há como saber o que realmente é visto, o que as coisas realmente são ou o que elas apenas parecem.
Como saber o que está sendo refletido, sendo o que todas as coisas são iguais? Não dá para ver nada além do superficial.
Você vai aprendendo a viver ali, porém a cada chance corre em busca de uma saída. Mas lá estão os espelhos, embaralhando o caminho e gastando o seu tempo, esbarrando no mesmo várias vezes e sem perceber, eles te cortam e ferem.
Com o passar do tempo, eles vão ficando opacos. E aí você percebe quanto tempo perdeu com coisas inúteis. Só então passa a enxergar.
Antes que pudesse ver com clareza, as pessoas iam sendo apunhaladas no escuro, no silêncio. Mas o tempo mudou isso. Daí você recobra o cuidado, porque na verdade, algumas pessoas só estão esperando o momento que você baixar a guarda e virar as costas, pois o punhal, elas nunca deixaram de segurar…